terça-feira, 13 de outubro de 2009

EXCUSE ME

Os bons pensamentos acompanham assiduamente a ignorância, a falta de complexidade, o desapego aos detalhes, às vezes nem tão despercebidos, explícitos fatos que simplesmente são esquecidos ou ignorados.

Então me pergunto, vive melhor quem atenta para essa série de fragmentos soltos no dia-a-dia?!
Vive melhor quem nada percebe, quem tudo exclui?!

Livros e filme deveriam ser banidos mesmo, essas coisas são demônios que só vêm para ludibriar-nos, escarnecer, zombar..

Item 1

Há quem procure conhecimento por tudo onde passam: capa de jornais, especialistas, usam a ferramenta mais potente já criada pelo homem em prol dessa busca insaciável por informação (internet), livros, filme, pessoas, reles mortais, estudam povos, culturas, hábitos, se determinam de maneira quase impertérrito à Antropologia cotidiana.

Item 2

Há também aqueles que não precisam de grandes esforços (vulgo estudo) para que consigam atingir o mínimo da percepção ou avanço intelectual. Aprendem nas ruas, nos programas de cultura inútil transmitidos via televisão, aprendem ouvindo musica, aprendem outras línguas, sem se quer ter assistido uma única explicação para a junção das letras, ou expressões regionais.
Aprendem com seus erros, aprendem com o erro alheio; dormem 85% da aula, acordam no momento decisivo, escutam 5 palavras e entendem como 1 + 1 = 2, com uma facilidade apavorante.

No item 2 (dois) eu me enquadro..

Logo cedo aprendi que a ignorância é uma dádiva, que se não conhecemos a dor não teríamos porque sofrer, entrando um pouco, não muito no assunto:
- Tomar cuidado com paixonites e longos relacionamentos(carnais ou de amizade), te priva de certas imagens presas ao glóbulo temporal (leia-se lembranças) que neste caso:

Lembranças = Onde já sentimos algo bom no presente.

(Ao reler nos damos conta de que já é passado).

Minha teoria cai quando descobre-se também que a dor nasce com o homem, tanto por quantas experiências este teve acesso quanto pelo que o move a querer viver: a busca pelo preenchimento do vazio, afinal todos buscam por algo, correm atrás de alguma coisa, estão sempre indo à algum lugar, cousa que não se define, estabelecem metas, projetos de médio e longo prazo; entretidos com suas vidas hipócritas e vulgares.

Gostam da mediocridade, torturam seus corpos sedento e disposto a receber conhecimento, estes se limitam, atrofiam; comparo aqui o cérebro com um músculo, é do conhecimento de todos que um músculo precisa ser exercitado todos os dias, mas porque mesmo vamos parar de olhar novela e escutar esporte para: " ler, escrever, ouvir, ver, presenciar, saber ou fazer acontecer algum marco importante"? Quando temos o bar ao final de todos os dias e finais de semana, o dinheiro é papel mesmo, câmbio entre teu suor e o frescor da cerveja no bar e o pagode tocando de fundo, não é?

É.. Se me dão licença meu tempo estourou e a minha carona chegou.
Onde vamos?
Ah! Em um barzinho aqui perto!
Tchau o/

Um comentário:

  1. "Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"

    (Caio Fernando de Abreu)

    Eu sempre lembro de ti com as coisas que ele me diz...

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