quarta-feira, 21 de abril de 2010

Se deixasse-me ir, só por um momento, atras da porta existiria a calma, e ao adentrar novamente talvez houvesse amor.
Sons, singles, livros, filmes, debates, longas conversas nesse doce tempo.

E se me amasse, ao atravessar a rua eu saberia, se os olhos se cruzassem uma vez mais como naquela musica.

Eu tinha um plano, era um dia lindo, dia de céu azul limpo.

Não havia dor.

A porta se fechou atras de nós, a ligação caiu, as palavras sessaram, a musica calou, a rua deserta, os debates findam. Algo novo começou!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Não tenho o ritmo necessário para acompanhar-te, mas dou tudo de mim, tudo que posso. Espero ser suficiente.

Espero muito não esperar nada, bem como quando te conheci a frase que mais tarde me foi proferida teve o sentido que buscava transcrever frustradamente na data: "Viver é baixar as expectativas" ; mesmo que houvessem de fato, elas seriam facilmente alcançadas, mas nunca existiu tal necessidade de rotular meus medos inexistentes.

São meus anos passando feito flash's abstratos,
são meus olhos mais brilhantes que vejo no espelho?
são as experiencias fundindo-se?
acoplando? marinando? digerindo? tornando parte?

Acho que é de tudo um pouco sendo inalado quando a função motora independente se faz por segundo.

Eu estive aqui o tempo todo,
você esta aqui,
você é o que vem de dentro dessa mente perturbada e irresponsável.
E independente sera assim pra sempre, como tatuagem pode desbotar, mas sempre que te vir atravessando a rua, é como retocar as cores, e, essas, são vibrantes.

Uma tatuagem sim, mas algo desenhado por debaixo da pele.

O segredo da boa piada ainda é o tempo, e, ele em nenhum momento me decepcionou.
Queria poder externalizar aquilo que sinto quando sento perto dela, o cheiro dos cabelos recém lavados, o brilho que me cega, a pele que inevitavelmente sinto querer tocar.

Seus versos falados,
as ideias batidas,
o tom suave
e os olhos de vidro.

Não há absolutamente nada que eu fale que seja incompreensível por ela, frusta-me não dispor de mais tempo, talvez a única criatura que me acrescente algo genuinamente puro.

Gosto de sentar-me perto e observar seus ombros, delicados membros, obra que nenhum pintor, por mais talentoso que fosse poderia recriar.

Gosto de tudo nela porque tudo me encanta, gosto quando ela canta, gosto quando ela sorri, mais do que gosto do sorrir do sol pela manhã, mas o que mais gosto é como ela me faz sentir:

Apaixonada por viver!

Como um fiel cão ao lado do dono.

Talvez a primeira criatura capaz de me fazer apaixonar cada dia mais por mim, mas a gente sempre diz que é a primeiro quando alguém novo (ou reconhecendo o nem tão novo) surge. Por ela e por algo maior do que nós, maior do que conhecemos. Enquanto ela anda nessa montanha russa da qual chamo: -vida; aguardo pelo momento em que a "dor de um não ser dois", não auferirá.

Ainda há tantos invernos pra desfrutar, e, mesmo que não os desfrute, sei que fui feliz apenas por tentar.