segunda-feira, 19 de abril de 2010

Queria poder externalizar aquilo que sinto quando sento perto dela, o cheiro dos cabelos recém lavados, o brilho que me cega, a pele que inevitavelmente sinto querer tocar.

Seus versos falados,
as ideias batidas,
o tom suave
e os olhos de vidro.

Não há absolutamente nada que eu fale que seja incompreensível por ela, frusta-me não dispor de mais tempo, talvez a única criatura que me acrescente algo genuinamente puro.

Gosto de sentar-me perto e observar seus ombros, delicados membros, obra que nenhum pintor, por mais talentoso que fosse poderia recriar.

Gosto de tudo nela porque tudo me encanta, gosto quando ela canta, gosto quando ela sorri, mais do que gosto do sorrir do sol pela manhã, mas o que mais gosto é como ela me faz sentir:

Apaixonada por viver!

Como um fiel cão ao lado do dono.

Talvez a primeira criatura capaz de me fazer apaixonar cada dia mais por mim, mas a gente sempre diz que é a primeiro quando alguém novo (ou reconhecendo o nem tão novo) surge. Por ela e por algo maior do que nós, maior do que conhecemos. Enquanto ela anda nessa montanha russa da qual chamo: -vida; aguardo pelo momento em que a "dor de um não ser dois", não auferirá.

Ainda há tantos invernos pra desfrutar, e, mesmo que não os desfrute, sei que fui feliz apenas por tentar.

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