quarta-feira, 3 de março de 2010

Alimento o ego.

Vitimas dos próprios erros assim nos cercamos com cautela e nos fazemos reféns a situações peculiarmente inferiores a grandiosidade do existir.

Circundada de receios e cuidados excessivos vê-se a vida passar numa rapidez incompreensível e inimaginável, não dando o devido valor aos pequenos momentos.

Prefiro dizer que vivo em estado ébrio constante a ter que sentir a vida se esvair entre os dedos. Perder a vitalidade presa a devaneios infantis e imaturos da idade, optar pelo fácil e estagnar no tempo. Me vitimizar por não ter tido isso ou aquilo, choramingar migalhas de frustrações da infância.

Só queria poder colocar todos esses sentimentos ruins e lembranças numa caixa e cremar, e após cremar jogar sal, que assim não corra riscos de germinar nada daquilo que já não pertence a pessoa que hoje sou, quero continuar a viver livre e cada vez mais erguer a cabeça para a vida e não temer nada, porque de nada devo temer desde que encontrei a minha maior busca: "paz", "felicidade" e "amor próprio".

O orgulho deixo aos que sofreram e os gritos deixo aos fracos que não sabem argumentar. Eu prefiro olhos atentos e um pouco de frieza, não mata ninguém e nutre a alma.

Alimento o ego.

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